Não é de hoje que a oposição tem tecido duras críticas às gestões do PSB, mas a pandemia ressaltou os defeitos dos socialistas aos mais incrédulos e o descontentamento chegou na base de partidos aliados do Governo.
Se antes as irregularidades nas gestões socialistas na capital e no estado não passavam de especulações, com exceção de algumas poucas investigações inconclusivas, agora, elas repercutem em investigações da Polícia Federal, MPF, MPPE, MPCO, TCE, TCU, PCPE e CGU.
As investigações do Covidão do Recife estão causando um grande desgaste na imagem de Geraldo Julio (PSB), que era o candidato natural da Frente Popular para o Governo de Pernambuco. Isso já faz com que nomes de peso da base do Governo, como Sebastião Oliveira (Avante), defendam que o grupo lance outro candidato no lugar de Geraldo.
A distribuição de recursos e vacinas no estado também está causando grande descontentamento no interior, mesmo entre Prefeitos do próprio PSB, que se sentem abandonados e acusam o Governador de privilegiar a gestão de João Campos (PSB) em detrimento das demais.
Na própria base do Governo o descontentamento é muito grande com os líderes socialistas. Há um sentimento de que o PSB só atua em causa própria, enquanto os aliados precisam se contentar com as sobras que caem da mesa da cúpula socialistas. Apesar disso, muitos aliados ainda se mantém na Frente Popular apenas para garantir o pouco espaço que os socialistas dividem no Governo.
Mesmo que o PSB esteja passando por um dos seus piores momentos desde que Eduardo Campos chegou ao poder, o desafio para a oposição ainda é muito grande. Os socialistas já demonstraram que são capazes de tudo para se manter no poder e, após 16 anos à frente do Palácio do Campo das Princesas, largam em 2022 com grande vantagem.
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