De acordo com o Fisco, quatro diretores da Globo que seriam os responsáveis por responder por essas contratações. Dois deles continuam na emissora: Jorge Nóbrega, presidente do Grupo Globo desde 2017; e Marcelo Soares, diretor-geral da Som Livre desde 2011 –a gravadora foi vendida para a Sony neste ano, mas ele segue como CEO.
A Receita utilizou como base a lei da sonegação fiscal (Lei 8.137/1990) para indicar que a Globo e os artistas investigados cometeram crime contra a ordem tributária. De acordo com o Fisco, os envolvidos infringiram regras como “omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias, com pena de dois a cinco anos de prisão e multa”.
Além disso, os envolvidos também são acusados de “fraudar fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal”.
A investigação da Receita Federal contra a Globo iniciou em 2019, quando o órgão fez uma chamada “devassa” nos contratos de artistas, autores, diretores e executivos da emissora. O objetivo era apurar supostas irregularidades no pagamento do Imposto de Renda e na relação de trabalho entre a Globo e os contratados.
Procurada pelo Notícias da TV, a Globo afirmou que todas as formas de contratação praticadas pela empresa estão dentro da lei e todos os impostos incidentes são pagos regularmente. A emissora ainda declarou que “assim como qualquer empresa, a Globo é passível de fiscalizações, tendo garantido por lei também o direito de questionar, em sua defesa, possíveis cobranças indevidas”.
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