O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou em entrevista coletiva desta segunda-feira (29) que não sabia da participação de uma universidade norte-americana no desenvolvimento da vacina Butanvac.
Ao anunciar o imunizante na última sexta-feira (26), o governador e sua equipe disseram que se tratava de uma vacina “100% brasileira”, e não citaram o envolvimento da Escola de Medicina Icahn do Instituto Mount Sinai (IMS), dos Estados Unidos.
Ao anunciar o imunizante na última sexta-feira (26), o governador e sua equipe disseram que se tratava de uma vacina “100% brasileira”, e não citaram o envolvimento da Escola de Medicina Icahn do Instituto Mount Sinai (IMS), dos Estados Unidos.
Simplesmente porque eu não tinha a informação [da participação do Instituto Mount Sinai]. Mas entendo que a Butanvac é uma vacina nacional. O importante é termos uma vacina e temos. Se parte dela é tecnologia internacional, isso é uma boa contribuição, isso é positivo – disse Doria.
Após o anúncio de sexta, o IMS disse a Folha de S. Paulo que a nova vacina do Instituto Butantan utiliza como vetor a variante da Covid-19 de Newcastle, em uma tecnologia produzida pela universidade norte-americana. De acordo com o diretor do departamento de microbiologia, Peter Palese, os estudos foram desenvolvidos lá.
No sábado (28), o Butantan emitiu uma nota, falando sobre a parceria. O instituto paulista disse que a tecnologia será fabricada com “custo baixo no Brasil, sem dependência de insumo importado” usando o vírus da doença de NewCastle desenvolvido por cientistas do IMS, em Nova Iorque. Acrescenta ainda que a proteína S estabilizada do vírus SARS-Cov-2 utilizada na vacina com tecnologia HexaPro foi desenvolvida na Universidade do Texas em Austin.
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