Para isso, foram comparados 87 casais em que um desenvolveu a doença e o outro não. Os resultados sugerem que as variantes genéticas encontradas com maior frequência nos parceiros resistentes estariam associadas à ativação mais eficiente de células de defesa conhecidas como exterminadoras naturais, como explica o diretor do laboratório de Imunologia do InCor e pesquisador da USP, Jorge Kalil.
“Nós fomos estudar por meio do sequenciamento do genoma das áreas que tem genes da resposta imune. A gente viu que existe muita concentração ali, que os que pegaram a doença têm um padrão genético e os que não pegaram têm outro padrão genético.”
O imunologista afirma que os genes resistentes são hereditários, o que explicaria algumas famílias serem devastadas pelo vírus enquanto outras contraírem a doença de forma mais branda.
Jorge Kalil destaca que, após concluído, o estudo pode ajudar no combate ao coronavírus. “As pessoas já podem ver se elas têm maior suscetividade, se cuidarem ainda mais. Esses genes podem ser alvos terapêuticos, podemos ver como interferir com uma droga que atue nesse gene que é importante, depois vamos ver se tem de alguma forma, quando fizer as vacinas, se vamos ter que atuar para que isso aumente a eficácia. Tem uma série de aplicações possíveis”, disse. De acordo com o pesquisador, agora, serão necessários estudos em laboratório para validar os achados do modelo matemático.
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