Dan Sperrazza, diretor executivo de assuntos externos do Departamento de Correções (DOC), declarou ao jornal britânico Daily Mail que, embora o DOC não possa comentar decisões disciplinares ou habitacionais específicas que possam ser consideradas à luz desses eventos, ele sempre reserva todas as opções para garantir a saúde e a segurança dos indivíduos sob sua custódia.
A prisão Edna Mahan, localizada em Clinton, enfrentou uma longa série de escândalos de agressão sexual, por esses eventos, o governador Phil Murphy até mesmo anunciou planos de fechar a instalação no ano passado.
Também no ano passado, duas prisioneiras do local entraram com uma ação para acabar com a política de identidade de gênero de Nova Jersey para as prisões, pontuando que foram vítimas de assédio por detentas trans, as quais estavam fazendo sexo com prisioneiras.
Jeanne LoCicero, diretora jurídica da União Americana das Liberdades Civis de Nova Jersey (ACLU), manifestou-se a favor de permitir detentas transgênero em prisões femininas como uma maneira de mostrar seu apoio aos direitos das mulheres transgênero. “Estou de acordo com as fortes leis antidiscriminação de Nova Jersey, que impedem a discriminação e o assédio com base na identidade de gênero”, afirmou LoCicero ao NJ.com.
O sindicato que representa os agentes penitenciários da unidade não gostou nada da declaração de LoCicero e divulgou um comunicado criticando sua postura. “Nós nos opomos a essa mudança de política, acreditando que é prejudicial para a população geral de detentas alojadas em Edna Mahan, e que também traz estresse adicional para nossos policiais correcionais designados para esta instituição”, disse o presidente do sindicato.
Por conta dos pontos de vista divergentes, uma investigação sobre o assunto foi aberta, mas o nome das mulheres grávidas e das presas transgênero não foram divulgados.
Nas redes sociais, as opiniões dos internautas acerca do ocorrido variam bastante. Muitas pessoas opinam que os detentos transexuais devem ter o direito de escolher onde cumprir suas penas, se numa prisão feminina ou masculina.
Essa opinião vai de encontro, inclusive, com o que decidiu o ministro do STF Luís Roberto Barroso, em março de 2021, quando declarou que mulheres transexuais e travestis femininas poderiam decidir onde querem cumprir sua pena.
No entanto, para outra parte dos usuários de redes sociais, isso não deveria ser permitido, uma vez que situações como a das detentas dos Estados Unidos podem acontecer com mais facilidade, gerando mais uma dificuldade dentro das unidades prisionais brasileiras e mais dificuldade de monitoramento por agentes penitenciários.
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